«Pela Nação Italiana, residente em Lisboa»: relações luso-italianas e elementos de italianidade na capital (segunda metade do século XVIII)
Palabras clave:
Século XVIII, Emigração, Lisboa, Italianos no estrangeiro, relações luso-italianasResumen
As relações luso-italianas no século XVIII manifestam-se em toda a sua polivalência. Por esta razão, podem ser analisadas a partir de diferentes pontos de observação. Isto torna-se possível devido sobretudo à particularidade daquela centúria, que se apresenta como um período de profunda transformação do contexto social e económico. A este respeito, evidencia-se como a mobilidade que caracteriza a economia e a sociedade europeias a partir deste período inclui também a mudança de causas e conotações socioeconómicas da emigração italiana em Portugal. Este fenómeno traz consigo todo um conjunto dos elementos de italianidade no país, e nomeadamente na sua capital, que dizem respeito a três grandes áreas: cultura (artes e ciências), comércio e religião, presentes em Lisboa na segunda metade de Setecentos, no quadro de reconstrução geral das relações luso-italianas (políticas e culturais) da altura. Contextualmente, toma lugar uma projecção europeia da cultura portuguesa, realizada dum lado através de uma dinâmica de estatização do pensamento público que tem como aplicação prática a realização de uma política de organização cultural que visa subtrair a hegemonia no mundo académico ao clero. Do outro, tal dinâmica parte mesmo do interesse do mundo intelectual e político português pela relevante cultura filosófica e científica setecentista italianaDescargas
Publicado
2015-12-30
Número
Sección
DOSSIER - Comunidades estrangeiras em Lisboa (séculos XV-XVIII)
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