Comunidade flamenga e holandesa em Lisboa (séculos XV a XVIII): algumas notas históricas e patrimoniais
Palabras clave:
Idade Moderna (séculos XV a XVIII), Comércio, Flandres, Holanda, Lisboa (Portugal), SociedadeResumen
Uma das características da Lisboa do início da Idade Moderna era ser a pátria comum de muitas nações. No presente texto vamos analisar os sinais da presença na capital portuguesa de uma dessas nações, a Flamenga / Holandesa, que entre os séculos XV e XVIII, além das suas importantes contribuições para a tecnologia civil e militar e para cultura, teve um papel activo no comércio de Portugal para o Norte da Europa, não só de produtos do Espaço Ultramarino (numa fase inicial, no açúcar, malagueta, pastel; e depois no pau-brasil, tabaco e pedras preciosas), como também de matérias mais tradicionais, como o Vinho e o Sal. Foi uma comunidade que apesar dos períodos de contingência diplomática e militar, manteve uma presença contínua em Lisboa com maior incidência no século XVII (depois do fecho da feitoria portuguesa de Antuérpia e das guerras religiosas), destacando-se quer pela sua riqueza, assinalada por importantes palácios citadinos e quintas nobres nos arredores, a exploração directa das marinhas de sal, a sua organização social em torno da confraria dos Flamengos, pela ligação da 2.ª geração a famílias locais mais ricas e pela integração nos padrões sociais da época.Descargas
Publicado
2015-12-31
Número
Sección
DOSSIER - Comunidades estrangeiras em Lisboa (séculos XV-XVIII)
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